Nada mais justo! Não sou adepto das comparações entre jogadores desta e de outras gerações no futebol. Se a camisa 5 do Real Madrid foi aposentada com o incomparável maestro Zinedine Zidane, não tinha que ser reutilizada por Kaká.
O nosso mestre do meio campo, talvez o brasileiro que vem apresentando o futebol mais regular, sem oscilar bons e maus momentos, nos últimos anos. Ronaldo possui vários problemas físicos que interrompem seus bons momentos, o xará gaúcho praticamente desapareceu do mundo futebol, pelo menos não é mais titular absoluto em qualquer time. Surgem algumas revelações, promessas de futuros craques, as vezes frustrantes, até goleiros possuem seus bons momentos.
Mas no século XXI ai daquele que diga que Kaká deixou de jogar bem. Pode até não ter sido decisivo sempre, até porque ele é humano. Mas o meio campista jamais deixou a desejar ou teve sua vaga de titular ameaçada, a não ser no princípio da, até hoje citicada, "era Dunga" na seleção.
Nunca foi de exigir jogar com a 10, que ele tem capacidade de sobra para vestir. Às vésperas da sua apresentação no Santiago Bernabéu especulou-se o uso da 9, da 20, da 18, mas no clube merengue ele voltará a vestir a camisa 8, por sua escolha. Para mim, é o número que tem mais a ver com o pai de Lucca. Afinal, o 8 tem o mesmo formato do símbolo que representa o infinito. Assim como é inacabável o talento do iluminado Ricardo Izecson dos Santos Leite. Ou simplesmente Kaká, o infinito.
